quarta-feira, 3 de junho de 2009

Matérias: Publicidade agrega informações e parceiros



Publicidade agrega informações e parceiros
por Lia Nara Bau

Além das informações técnicas dos produtos - como preços e características, de preferência acompanhados de fotos - o consultor de varejo e vice-presidente da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), Paulo Pandjiarjian (São Paulo/SP), salienta que os lojistas devem tentar colocar outras informações de interesse dos consumidores. “A adição de seções, com dicas e serviços, nos encartes podem fazer com que eles se tornem mais perenes, chamando mais a atenção dos consumidores. De preferência, devem ser escolhidas informações que possuam estreita relação com os produtos que estão à venda nos encartes e catálogos”, enfatiza.

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Já o pesquisador e professor especialista em marketing de varejo da Universidade Fumec e IEC-PUC/MG, Admir Borges (Belo Horizonte/ MG), ressalta que o catálogo precisa ter fotografias de nível elevado e muito espaço em suas páginas. Em alguns casos, quando se faz necessária explicação ou detalhamento técnico, pode haver texto com bom tratamento e adequada concisão. “O encarte com ofertas não precisa ser recheado com textos, mas não pode prescindir dos preços, referências legais e especificações técnicas, além das informações sobre período da promoção e quantidades disponibilizadas”, ensina. O tempo de vida útil do encarte é muito pequeno e as pessoas sabem disso. “Portanto, se a função é promover os preços, os textos que tenham outros objetivos não farão muita diferença para o consumidor”, afirma. Mas, no caso do catálogo é diferente, pois ele poderá ser guardado pelas pessoas, que voltarão a lê-lo em outras oportunidades.

Para criar um catálogo atraente e de qualidade, o lojista pode contar com parceiros. “Num primeiro momento, caso os custos não permitam um bom material ao lojista, uma parceria pode ser proveitosa tanto para o varejista quanto para a indústria. É aconselhável até mesmo buscar fechar apenas com uma indústria ou quem sabe apenas um tipo de produto”, ensina o especialista em ponto-de-venda e autor do blog 'Falando de Varejo', Caio Camargo (São Paulo/ SP). Entretanto, ele enfatiza que, assim que haja possibilidade, é interessante buscar um caminho próprio, para que apenas a marca do lojista seja fortalecida.

Pandjiarjian concorda, ressaltando que o patrocínio de um fornecedor pode levar o consumidor a encarar aquele encarte como uma ação sem tanta liberdade, já que pode estar direcionado àquele determinado fornecedor. Segundo Borges, é possível criar uma cultura de propaganda para o consumidor, que estará sempre na expectativa de recebimento das novidades, lançamentos e promoções. “Este recurso tem sido a saída para muitos comerciantes que não conseguem investir em propaganda na grande mídia. Para impacto e resultados regionais ela costuma ser imbatível”, assinala.

Com a palavra, os consumidores

Para Aline Flores Silveira, supervisora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/RS), os catálogos e folhetos de promoções oferecidos nas lojas e enviados pelos Correios são excelentes formas de marketing. “Adoro folhear os materiais promocionais e, muitas vezes, já fui até a loja comprar os produtos que me interessaram’’, afirma, completando que, quando a promoção é realmente boa, o produto é interessante e o catálogo atraente aos olhos, o mesmo, inclusive, é repassado às colegas de trabalho. “Todos gostam de dar uma olhadinha, mesmo que depois o folheto seja descartado, mas primeiro, certamente, ele passará por muitas mãos’’, diz.

A balconista Daniele Souza (São Paulo/SP) também afirma ser uma consumidora adepta ao uso dos catálogos de lojas. “Acho interessante ver as combinações das roupas com os calçados, além, é claro, das promoções e das coleções que estão sendo apresentadas’’, comenta. Segundo ela, outro fator que raramente é visto, mas que chama a atenção, são dicas de moda e beleza nessas publicações. “No caso das lojas de calçados, os lojistas poderiam, por exemplo, colocar orientações de como conservar as peças’’, sugere.

Já a gerente bancária Angelita Neudorf (São Bento do Sul/SC) diz que geralmente não olha os encartes. “Recebo-os por eduacação e logo jogo fora, pois normalmente não me interessam. Aqui na minha cidade não tem muito disso, é bem dificil ver pessoas entregando planfletos”, frisa. Para a publicitária Danielle Xavier (Novo Hamburgo/RS), os catálogos distrubuídos nas ruas são um aliado na decisão de compra do consumidor. “Quando eu tenho interesse em comprar um produto sempre pesquiso as ofertas nas lojas para poder me decidir pelo lugar onde efetuar a compra”, salienta. Porém, ela diz que hoje em dia prefere fazer essa pesquisa pela web. “É muito mais fácil você fazer as pesquisas pela internet do que ter que ficar recebendo vários catálogos na rua”, assinala.

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Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO

http://www.falandodevarejo.blogspot.com/